domingo, 4 de novembro de 2012

Pavlova

Já adianto que a Pavlova não é uma invenção italiana; segundo alguns registros, ela ganhou esse nome na Nova Zelândia, após a visita da bailarina russa Anna Pavlova ao país, em 1926. Histórias à parte, esse tipo de preparo não era novo naquela época, e com absoluta certeza não foi inventado naquela data. Neozelandeses que me desculpem.

Se você for ao norte da Itália, seja na Friuli Venezia-Giulia, Veneto ou no Trentino Alto-Adige, é bem provável que a encontre em alguma "Pasticceria"; e ao perguntar onde ela foi inventada, provavelmente escutará: "Aqui !!".

A Itália tem o bom costume de adotar algumas receitas estrangeiras, e mesclá-las à sua própria cultura, região, costumes; hoje a Pavlova tem o gosto da receita feita pela mamma. Independente de onde tenha sido inventada, ganhou as cores da bota.

Alguns acham que a Pavlova é um suspiro, ou um merengue, mas já adianto também que estão enganados; ela é uma variante bem criativa, que certamente foi elaborada por alguém que dominava algo muito mais além do que a culinária ou gastronomia; quem a elaborou entendia de alquimia. Digo isso porque a combinação utilizada no preparo não é muito trivial, e confesso que à primeira impressão pode parecer algo bem estranho, com ares de que não dará muito certo; mas esqueça a primeira impresão - não é ela quem ficará presente na sua memória.

Vamos ao trabalho !! você necessitará de 5 ovos, 300 g. de açúcar, uma colher de sopa de maisena, uma colher de sopa de essência de baunilha e uma colher de sopa de vinagre de vinho branco. Para o preparo da calda, será necessário 400 ml de água, 100 g. de açúcar e 500 g. de frutas vermelhas (morangos, framboesas, mirtilo, amoras).

PAVLOVA:
Separe as cinco claras das gemas, coloque as claras na batedeira, adicione 150g. de açúcar e bata até que a mistura se transforme em neve bem firme. É importante que você bata as claras junto com o açúcar desde o início.

Assim que a neve estiver bem firme, adicione os outros 150g. de açúcar, a colher de sopa de maisena, a essência de baunilha e a colher de sopa de vinagre. Continue batendo a mistura por mais 5 minutos até que a neve fique com uma consistência bem firme.

Coloque uma folha de papel manteiga sobre uma assadeira, e espalhe a clara em neve aos poucos, fazendo um círculo (veja foto acima). Assim tiver acabado ,você deverá ter um círculo de aproximadamente 20 cm de diâmetro e uns 8 cm de altura.

Leve a mistura ao forno pré-aquecido a 180 °C, durante 1 hora, ou até que fique com coloração bege claro, indicando que está assada. Deixe esfriar dentro do forno.

CALDA DE FRUTAS:
Em uma panela pequena, aqueça os 400 ml de água junto dos 100 g. de açúcar; misture constantemente para que o açúcar fique totalmente diluído. Adicione 250g. de frutas vermelhas, abaixe o fogo, e deixe ferver por cerca de 15 minutos, mexendo com uma colher de pau para que não queime ou grude.

Assim que a calda tiver engrossado e reduzido, retire-a do fogo, deixando-a esfriar em temperatura ambiente. Em seguida, leve a calda à geladeira. Assim que a calda estiver fria, coloque-a sobre a Pavlova e finalize com os outros 250 g. de frutas vermelhas picadas, que devem ser colocadas com cuidado sobre a sobremesa.

Sinta a cremosidade da Pavlova, e ao mesmo tempo como a casca fica crocante - será uma surpresa muito agradável, saborosa....e apaixonante.

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